Sabe aquela garota que
você sonhava em ser algum dia? Em todas as escolas existem pelo menos uma
abelha rainha, a garota mais linda da sala e também a sua principal inimiga, ou
não. Seu namorado é portanto o garoto mais gato da turma. Roupas de marca,
sapatos maravilhosos, cartões de créditos e usar a cor rosa na maioria de seus
looks podem te transformar em uma poderosa. Mas a verdade é que essa inspiração
não é saudável, cuidado com quem você anda.
Conheço uma garota que
todas as pessoas do mundo adorariam ser amigos dela, deixarei seu nome guardado
para não haver futuros problemas com este artigo, portanto adotaremos um nome
fictício. Megan como toda garota normal adora mexer no celular, falar com as
amigas, postar fotos na frente do espelho no facebook e sair com seu namorado
(sendo que a última alternativa não está tão acessível assim para algumas). E
como toda aluna normal, amava conversar. O problema é quando você se torna a
melhor amiga do espírito de porco mais sujo que existe na escola. Megan
aproximou-se de mim, e eu dela. Trocávamos elogios umas das outras o tempo
inteiro, mas era apenas estarmos sozinhas que a verdadeira máscara caía. Megan
tinha a boca mais imunda que a minha, dizia diversas coisas grotescas das
meninas que eu tinha a certeza absoluta: falava mal de mim quando não estaria
por perto também.
Aquela sensação de
insegurança tomou o meu corpo por completo, fiquei pensando sobre o que Megan
espalharia de mim, não sou a melhor amiga dela? Então por que se preocupar?
Certo, parei para esvaziar a cabeça por uns dias e depois voltei a ter aquele
sentimento que não me fazia bem. Quando chegava na sala de aula a primeira
coisa que eu fazia era ver os olhares das pessoas sobre mim, — o que fiz de
errado? — com certeza aquilo não era um bom sinal. Será que ela contou alguma
coisa? Óbvio que sim, sou aquela invisível da turma, ninguém nota. Como não
tinha nada do que suspeitar de Megan, sentei ao lado dela. Foi a primeira
garota do universo até agora que me fazia sentir raiva e felicidade ao mesmo
tempo, parece loucura, mas é a verdade.
Chegava a hora do intervalo e disse a ela que
iria no banheiro, menti. Tratei de seguir seus passos, quer dizer, saltos, pois
Megan seria a única a usar sapatos de bico agulha em uma escola. Também não
costumava comer, era muito enjoada com comida e se intitulava ''vegetariana''.
Estava um pouco longe dela e já formava-se uma roda de conversa em volta da
Megan, falsos abraços e beijinhos eram trocados por todas as meninas presentes
no local, e não saiam até que a hora do intervalo se esgotasse. A principal
conversa? Eu, exatamente. Como sabia? Passei normalmente ao lado dela e a
patricinha nem reparou, mas ouvi o que tinha que escutar. Disse as minhas
outras amizades o que Megan falavam delas e acabei tornando mais amiga dos
demais, esquecendo-me do passado que tive com ela. Hoje eu ainda converso com
Megan, mas não como antes, dessa vez eu parei de contar os meus segredos para
qualquer um, pois quem pode guardar isso é só você, e mais ninguém.
Atenção: Esse texto foi todo produzido por mim
devendo portanto em caso de uso apresentar
os devidos créditos ao site com redirecionamento
ao mesmo. Não recomendado para menores de
12 anos.
12 anos.
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